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Eita, Luizianne, tua situação tá grave...
sábado, 10 de novembro de 2007
Ouvi hoje no Rádio Serviço, da CBN (apresentado por Nonato Albuquerque), uma entrevista do Amilcar Ximenes, falando em nome dos médicos do IJF sobre a decisão de entrarem mesmo de greve, agora "pra valer".
Amilcar comentou que, por falta de estrutura, os médicos chegavam a fazer amputações evitáveis e o Nonato Albuquerque fez um escarcéu no programa por causa dessa declaração. Disse que era, por sinal, um desrespeito à classe médica não terem suas reivindicações atendidas e não sei o quê.
O que ele esqueceu de destacar foi que Amilcar deixou nas entrelinhas que só resolveram fazer essas tais reivindicações depois de terem sabido que o governo do Estado recebera verbas para a saúde. Pra quem acompanha essa pendenga dos médicos está mais do que claro que tudo isso não passa de reclames salariais. Se fosse só falta de condições do prédio, teriam encerrado as paralizações com o início da reforma, mas ela já estava iniciada quando o barulho começou.
Que profissional hoje consegue 134% de aumento salarial, hein? Isso é absurdo, mesmo para eles!
E quanto às amputações evitáveis, sim, isso é uma bomba, mas e quanto às cirurgias marcadas que serão canceladas durante a greve? E as consultas pós-operatórias, que também foram desmarcadas? E as pessoas voltando pra casa?
Façam-nos o favor: VÃO TRABALHAR E DEIXAR DE CHORUMINGO!
11 de novembro de 2007 às 11:55
mayara, mayara :D
individualismo-conformismo-princípios sociais
os três ganchos da âncora da humanidade =/
11 de novembro de 2007 às 17:51
Blog tá lindo, Mayara!
E, francamente, 124% ? Esse povo viu....
11 de novembro de 2007 às 23:31
Agora eles lembram de colocar umas pseud-reinvidicações, pra disfarçar a única que lhes importa, que é a salarial, né?
É de se esperar de uma categora que tem coragem de dizer que a greve é bem sucedida quando "apenas" 70 pessoas deixam de ser atendidas por dia...
Feliz blog novo, magricela!
20 de setembro de 2008 às 11:35
Mayara, você só não informou de quanto para quanto passou o "mega-salário" desses "marajás" que são os médicos do IJF, que trabalham em condições insalubres, com carga-horárias extenuantes, para ter um salária-base de menos de mil reais. Isso mesmo: menos de mil reais. O resto é de gratificações, auxílio-transporte e aditivo de periculosidade. Vou te contar: quero ver a classe média fazer duas coisas: 1) ir ao IJF para atendimento primário e secundário (seletivo); e 2) DEIXAR DE IR ao IJF em caso de desossar uma perna ou rachar o crânio. Quero ver. Para não dizerem por aí que o comentário foi de má-fe, por ter escondido algum interesse particular, aviso logo: o tal do Amílcar Ximenes é meu pai. ha! :) (Não, não foi uma piada. Ele é mesmo!). Obrigado, Mayara Fortaleza.
20 de setembro de 2008 às 22:54
Daniel, peço desculpas se ofendi vc ou seu pai, mas, de fato, é essa a minha opinião com relação à greve dos médicos. Como deve ter percebido, não é uma questão pessoal com nenhum deles, mas com a reivindicação, a meu ver, exacerbada e com a birra da categoria de ter demorado tanto pra entrar em acordo, causando um constrangimento enorme pra sociedade de fortaleza. Acho q seria muito mais feio e tosco da minha parte querer remendar o que disse por ter citado o nome de seu pai no post e fico feliz de vc ter visto isso no blog e ter exposto essa perspectiva do "outro lado da história". O blog serve pra isso mesmo, pra gente discutir e, portanto, concordar ou não, e ter, sim, direito de resposta, caso queira. Fique a vontade para, se quiser, usar esse espaço para dar mais esclarecimentos sobre essa questão.
Obrigada pelas visitas e pela participação.